O dinheiro e a liberdade
19 de março de 2007
Trabalho e ganha-pão andam sempre ligados e talvez por isso se diga que o trabalho dignifica.
Por todo o lado se vêem novos e velhos a esmolarem uma moedinha.
Até nos cruzamentos.
A verdade é que pode considerar-se trabalho, porque cumprem horário e recebem dinheiro por estarem ali à nossa espera, dirigindo-se às pessoas e automóveis para pedirem a tal moeda.
Antigamente trocavam-se produtos uns pelos outros; hoje é o dinheiro que tem validade.
Sem dinheiro não há comida, nem remédios, nem roupas.
Mas o dinheiro, ao contrário do trabalho, não dignifica.
Pode é envaidecer ou provocar subserviência.
O dinheiro só vale pelo bom uso, ou não, que fazemos dele.
O dinheiro dividido até multiplica, se for bem empregue.
De contrário, até endivida as pessoas, a casa, o carro e sei lá que mais…
A maioria das pessoas opta pelo consumo em moda, seja comprar um móvel, um computador ou outra tecnologia, mesmo que não lhe dê utilidade.
A moda impõe a comparação entre pessoas e casas ou carros, independentemente da necessidade ou da capacidade financeira.
O bom é poder sentir-se livre para optar por aquilo que se quer, independentemente dos outros terem ou não terem o que nos agrada.
É bom ter amigos, para quem comparações destas não têm interesse.
É muito bom ser feliz, sendo tão-somente um “eu livre”.
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