O remoinho
27 de janeiro de 2007
Sons, ruídos e músicas. Tudo ecoa no céu, a meio da noite.
De vez em quando aparece uma nuvem de poeira, cheia de electricidade, que ribomba com estrondo.
Num terreno, todo às escuras, está uma espécie de fábrica abandonada.
Como uma coluna, esse remoinho parece apontar para uma determinada ala.
No entanto, está cheia de gente.
A dita ala, para onde se dirige a tempestade, é uma parte do edifício bem diferenciada do resto e divide-se em hospital e celas.
Uma mulher, de certa idade, está com os olhos vendados e foi operada à vista: duas enfermeiras estão ao pé dela, verificando o seu estado por meio de equipamentos.
O remoinho aproxima-se e parece chamar alguns nomes ou então, já são as alucinações e o cansaço das pessoas a quem assim parece.
Os seguranças disparam para o ar mas não conseguem impedir o remoinho e os seus raios que levam tudo à frente, revolvendo todo aquele sítio e transformando as celas em lugares vazios. Completamente vazios e iluminados pelos seus raios, como se fosse meio-dia num dia de sol.
O que era já não é mais... Tudo se transforma!
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