Eficiência burocrática
18 de janeiro de 2007
Secções administrativas. Aniversários.
Muitos anos contados. Alegrias e manias sem conto.
Esperanças e aventuras, desejos e erros, dinheiros e bancarrota.
Tudo, enfim, o que faz parte da vida.
Uma vida velha, de ser vivida.
Seremos eternos e esta vida uma passagem?
Seremos só isto, que é o melhor que somos?
Podemos ser melhores aqui, ou só além?
- Tem que ir à outra secção, ali à direita e a minha colega explica-lhe o que deve fazer.
- Uma hora e tal para dizer isto? É bem capaz de haver funcionários a mais e qualidade a menos.
- Eu não consigo falar e trabalhar ao mesmo tempo. Muito faço eu!
(Isso eu concordo. Que fique só no trabalhar. Deixe o falar para quando sair daqui)
- Boa tarde, era para...
- Espere só um bocadinho! Dê-me o seu cartão!
Todos encantados com os computadores e os programas, vão explicando tudo (mas tudo mesmo, até os espaços para os códigos internos) aos intervenientes.
Duas horas depois de chegar, chamam.
- Demorei um pouco porque não encontrei nenhum registo seu.
- Pois não! É para fazer agora o primeiro.
- Ahhhhh!!!
Será que os anos, em quantidade vividos, dão serenidade?
Será que se consegue serenidade sem esperar pela velhice?
"Ó Deus, fazei de mim um instrumento da vossa Paz". Só assim!
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