Os deveres cumpridos
11 de janeiro de 2007
Hoje, quando acordei, não sabia (outra vez) em que dia estava.
A cama era a mesma, o quarto também. As horas eram as habituais.
Isto é, não preciso distinguir os dias de trabalho dos outros porque já não trabalho.
Resultado: como acordo mais ou menos à mesma hora, todos os dias têm o mesmo horário pois, já agora, aproveito esse acordar.
Isso pressupõe uma semelhança entre as manhãs.
Daí a dificuldade sentida de não saber em que dia estou exactamente.
Porém, mantenho actividades diferentes para cada dia de modo a poder afastá-los da monotonia. Por isso, hoje tive que olhar com mais atenção para o relógio que tem o calendário (e até a temperatura do quarto).
É lindo, prateado e electrónico, claro!
Bom, já descobri o dia.
Portanto, hoje a manhã é dedicada às limpezas do chão e arrumações e, portanto, só vou tomar banho depois.
O banho é um assunto importante no meu horário diário.
Isto porque gosto de o tomar logo que acordo e não no fim da manhã, como vai ter que ser hoje.
Em compensação, faço-o muito mais prolongado e relaxante, com a desculpa do cansaço que as limpezas provocam.
As tardes são só para o que me apetece fazer: passear, ler, sair ou ficar em casa.
É uma vida muito simples. Mas garanto que é só aparência.
Na verdade, os meus dias são muito mais preenchidos do que quando trabalhava.
O problema é saber em que dia me equaciono perante a agenda.
A partir daí é a dedicação pelas tarefas que tenho programadas que as vão prolongar na memória.
Na felicidade dos deveres melhor cumpridos pelo gosto em fazê-los.
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