Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-04-13

13 de abril de 2006

À beira da estrada alcatroada, um rapazinho de óculos azuis esperava sentado numa grande pedra.
Um rapaz quase-homem, à frente da porta da sua casa estendeu-me um pequeno ramo de flores.
Uma senhora de idade deu-me um ramo de flores silvestres, como o da Páscoa, com papoila e espiga e o resto, igualzinho.
Um senhor de idade esperava numa igreja.
A luz forte do Sol quente em dia de verão iluminava a rodos.
Um senhor de túnicas sobrepostas, brancas e bordeaux, aproximou-se do homem da igreja, estendeu-lhe a mão e levou-o devagarinho. Desapareceram no meio de uma nuvem de luz.
O rapaz da pedra, cheio de mágoas e de angústias, convencido que ninguém o amava, recebeu um raio de luz do Sol, exclusivo para ele. E duvidou das suas certezas de desamor.
O rapaz quase-homem e a senhora de idade sorriam e a luz do Sol inundava-os fazendo que brilhassem com a sua alegria.
E lembrei-me de uns versos que falavam de um rapaz maravilha, que explicava que o mais importante era amar e ser amado em eterno retorno.