Ser... ou não ser
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Verdade ou mentira. Realidade, ou ficção ou ilusão, neste mundo de mil e uma tecnologias que tudo transformam.
Tecnologias que, do quase nada, conseguem produzir uma cidade virtual de acontecimentos.
Possibilidades de tudo ser… ou não ser. Enfim, processos e produtos trabalhados sobre o nosso dia-a-dia e a nossa rotina.
Às vezes não sei se ainda vivo – aqui e agora.
Não sei distinguir onde estou, onde é o meu lugar.
Se o além já veio para o presente, ou se o presente e os compromissos assumidos não são mais que pura ilusão.
Uma usurpação até do lugar de outrem.
Quem poderá dizer, com toda a certeza, com toda a verdade que tiver, que, na melhor intenção de cumprir tarefas, não se está a ocupar o lugar que outro deveria ter?
Faz lembrar o taoísmo. Porque se teima em ter iniciativa, se esta for agressiva para o natural correr das coisas no espaço e no tempo?
Pode ser que se pretenda (e até se consiga) algo, no tempo errado de acontecer.
Pode ser que ofendamos a quem não queremos ofender, com a nossa insistência.
Seguindo o impulso dado pela certeza de algo que, noutro tempo, se verifica estar tudo certo.
Às vezes tudo o que se faz numa vida inteira, não era para ser feito.
Era precisamente para ter deixado a vida fluir sozinha.
Outras vezes ficámos quietos e era precisamente para ter re-arranjado tudo de outro modo…
Resta sempre a ideia de fazer o melhor que se sabe a cada tempo, a cada instante, e é a consciência que nos anima então na nossa vulnerabilidade…
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