Livre arbítrio

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Religiões, doutrinas religiosas – crenças e seitas.
Enfim, religiões do mundo e que reúnem, em teoria, o que o Homem é e o que quer ser.
O que é, geralmente, é pouca coisa na razão do que pretende vir a ser.
Aí, a amplitude de desejos raia o infinito das suas ambições.

E, as mais das vezes, são só ambições desmedidas.
Há também os mais reflectidos que atingem o misticismo.
A vida torna-se, então, para estes, num conjunto de pormenores e necessidades que se realizam em algumas horas do dia.
Têm um ar calmo e feliz mesmo no meio das maiores e acaloradas discussões pois, nesses momentos, conseguem estar ali mesmo e, ao mesmo tempo, dali abstraídos.
Com toda a facilidade, ultrapassam as dificuldades e asperezas da vida “voando” sobre elas.
É o cultivar amorosamente a intuição e a ligação desta intuição humana com a intuição divina, ou do que é divino.
É o elevar-se sem sonhar, sem devaneio.
É o cultivar uma personalidade construída em princípios morais e mentais sobre as corriqueiras rotinas, sem qualquer desleixo destas nem das suas responsabilidades de cidadão consciente.
- Isso é possível?
- É sim. Parte da aliança entre o livre arbítrio e uma vontade persistente.
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Miguel Ângelo - Capela Sistina (pormenor)
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Disse Jonathan Swift : temos bastante religião para nos odiarmos, mas não a suficiente para nos amarmos !
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