Cor de perdão
Hoje o dia teve cor de perdão. De desculpa, de indulgência.
Dessa paz que sente o nosso coração quando o que poderiam ser ofensas causadas por outros são objecto da nossa compreensão e do nosso perdão.
Quando chegamos ao ponto de não nos sentirmos ofendidos por nada nem ninguém.
Quando consideramos outros mais infelizes ou mais pobres de moral, porque ainda são rudes no seu comportamento (não estamos a falar do polimento social).
A referência é de evolução moral e da facilidade em perdoar porque não há sequer ofensa.
O que persiste é a caridade de entreajuda entre o que precisa de entender e do que pode ajudar a que uma atitude incorrecta não entre num círculo vicioso de pena ou vingança.
O que sente perdão por todos os que não sabem, nem conseguem ainda, ser melhores.
Porque quem é mais evoluído já é melhor, mais correcto e mais íntegro em intenções e acções.
Nestes, a individualidade não é abalada pelos outros, apenas estende a mão a quem precisa.
E a paz que então se sente é um perfeito encantamento que, sentido uma vez, se procura sentir sempre.
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Pormenor da estátua de Gabirol no Museu Ralli de Cesareia
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