O amor
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Gostei daquele desenho, tão bonito e tão simples.
Era uma figura humana em silhueta e depois tinha o coração bem desenhado.
Do coração saíam círculos concêntricos cada vez maiores na direcção de outra figura em frente, mais longe.
Os círculos atingiam a linha do horizonte na folha e depois projectavam-se no globo da Terra, por sua vez projectado no fundo céu, do desenho.
Eram como uma projecção de amor para outra pessoa e depois, como se fosse consequência de tanto amor, a projecção atingia todo o mundo, sem qualquer excepção.
- Isso é que é imaginação! Porque, se bem me recordo, o que estiveste a ver foram apenas os desenhos, por demais conhecidos, das campanhas de prevenção das doenças cardíacas.
- Ah, eram?
- Pois eram.
- Olha, então aproveitei as imagens de modo ainda mais positivo porque garanto-te que podemos enviar ondas de amor puro ao que quisermos e isso dá uma enorme paz interior. E ao dizer amor puro quero dizer amor fraternal, sublime, por todos os que necessitam. E a Terra inteira necessita.
Quanto ao amor-paixão, esse é sentido directamente por quem dá e por quem recebe, se o quiser receber.
E quando o amor está no ar, o céu é mais azul e o sol aquece sempre mais forte.
- Pois, mas hoje está frio e a chover!
- Quem sente amor, não percebe esse mau tempo. Abriga-se só da intempérie, contando o tempo e a distância para encontrar o outro ser especial.
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Disse E. E. Cummings : Confia no teu coração se os mares se incendiarem (e segue o amor mesmo que as estrelas andem para trás) !
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