Nim
6 de julho de 2007
Uma sala grande, com cadeiras em semicírculo, ou em anfiteatro, como se vulgarizou dizer hoje em dia.
Meia dúzia de pessoas, com semblante grave, estão à espera de outros que vão passando.
Alguns ficam sentados, outros seguem o seu caminho.
A conversa é sobre a cisão que se sente naquela organização.
É uma cisão de opiniões e que se referem a linhas futuras de actuação.
As opiniões são agora muito nítidas e a tal ponto divergentes que não é mais possível o entendimento dos corpos sociais.
Não implica prejuízo especial para ninguém, apenas chegou a altura de reunir os mais tradicionalistas ou conservadores e os mais ousados, em actualidade e progresso.
Também é uma dificuldade a opção para quem ali está só pelos laços de amizade de longos anos e que vê os amigos em lados opostos da divisão que se foi estabelecendo.
Encontram-se ali também os que gostam do convívio, o que ainda torna a escolha mais difícil, quase situação de moeda ao ar, tipo “cara ou coroa”.
Tudo isto porque a organização cresceu e desenvolveu-se exigindo novos níveis de opções com consequências diferentes, mais do que propriamente muito variadas.
Mas não há nada a fazer. Temos sempre que caminhar na nossa vida como numa linha recta e em frente. Sempre em frente!
E continua a ser verdade que não se pode agradar a gregos e troianos ao mesmo tempo.
O “nim” não existe, realmente!
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