O passado e o anteontem
26 de junho de 2007
O esquecimento de si próprio acontece muitas vezes com doenças, com muitos dos AVC’s (acidente vascular cerebral), etc.
E as pessoas, nesse estado, geralmente não sabem quem são nem o que fazem, nem sequer se estão a fazer algo.
Mas sabem, ou melhor, sentem, que conhecem algumas pessoas que os visitam, em que grau é esse parentesco e percebem o agradável e o desagradável.
Por isso, também geralmente distinguem os filhos dos que o não são, e os maridos e esposas, mães, irmãs, dos outros desconhecidos.
É um alhear de tudo o que os rodeia, mas sabem fazer coisas por instinto.
Esse instinto fica como ficam os reflexos, ficam mais lentos mas continuam.
É um esquecimento, afinal, de tudo o que se lutou e conseguiu na vida.
À medida que conseguem recuperar não voltam, contudo, a ser como eram.
Parece que foram fazer um estágio noutro mundo, activando outra região da mente que até aí não usavam.
E deixam esquecido o passado e o presente, recomeçando, por assim dizer, uma nova vida na mesma vida que tinham.
Alguns chamam-lhe a segunda oportunidade, à semelhança dos que passaram pelo estado de coma profundo.
Hoje, neste dia meio sol meio sombra, também é dia para uma segunda oportunidade de melhor viver a vida que cada um tem.
Entre o passado e o anteontem, todos podemos começar a viver connosco como gostaríamos, sem ser necessário AVC’s ou comas.
Simplesmente nós, verdadeira e corajosamente! Nós connosco!
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