Momentos
7 de julho de 2007
Céu cinza, chove aqui mas junto à praia, a poucos quilómetros, já faz sol.
O tempo está abafado e cálido, típico de trovoada.
A chuva cai de forma leve mas contínua.
Os mais jovens olham o céu e resolvem levar blusões com capuz e raquetas para a praia. Porque nem se duvida, hoje é dia de praia – mesmo sem saberem que lá brilha mesmo o sol.
É uma pena mas a idade vai deixando cair aos poucos este fôlego de alegria, coragem e esperança.
Princípios tão lindos e que geralmente são isso mesmo – princípios de vida e de personalidade.
Depois vem a fase adulta, de afirmar uma vida própria e então começa a decair essa alegria de viver.
A questão que primeiro ocorre perguntar é se vivíamos na ilusão e depois criamos juízo ao querer criar raízes, ou ao contrário, se em jovens vivíamos a realidade das coisas, levados por muita alegria e vivacidade e mais tarde, ao querer ser adulto, se chega à ilusão de uma vida que não existe.
Afinal as responsabilidades estão assim tão longe da alegria de viver?
Manusear dinheiro, contas e pagamentos é um drama ou uma componente do trabalho?
O trabalho é assim tão desiludido e cortante com a vida, que só permite a fantasia da preocupação constante e o isolamento?
Quero acreditar que os dias e as noites dão tempo para rodar os sentimentos, não a idade.
É desejável aumentar os momentos e situações felizes e regular, com disciplina apertada, os instantes de preocupação e isolamento.
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