Salão real
3 de abril de 2007
Sala real, ou seja, um salão enorme em largura, altura e, claro está, também em comprimento.
Donde estou, mal consigo ver os pormenores da outra extremidade. Fizeram-me sinal para esperar.
Tapeçarias e quadros a óleo, muitos quadros, forram as paredes.
Banquetas forradas estão ao longo das paredes, nos intervalos dos quadros, das tapeçarias e das janelas, também enormes.
Dourados por todo o lado. Parece que as madeiras só conhecem essa cor de tinta. No chão estão tapetes persas, rectangulares e em forma de passadeiras.
Das portas laterais surgem algumas pessoas que parecem ser os serviçais.
Passam por mim e devo ser-lhes invisível, porque não se desviam e nem olham para mim.
Doutra porta fazem-me sinal para ir naquela direcção.
Mas não me apetece nada. Gosto de estar ali.
Ainda não vi tudo e, donde me acenam, está tudo escuro.
Ali, ao contrário, estão luzes acesas.
Não parece a electricidade, mas ilumina de modo igual ou melhor.
Insistem comigo porque é para ir visitar as adegas.
Mas eu nem gosto de vinho e até enjoo com o cheiro das adegas…
Prefiro, sem dúvida, um refresco ao ar livre!
- Ao ar livre? Mas está a chover!
- A chover? Aqui dentro?
- Aqui? Não! Lá fora. Não vês?
- Ohhh! Tinha um vestido tão lindo!
- Tinhas? Onde?
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