Seguir em frente
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A porta abre-se, do lado da rua, e entra uma pessoa.
O vulto, assim, já pode sair sem ser notado.
Mas quando está mesmo a transpor a porta, a senhora que entrou vira-se e ainda o vê.
Assustada, vai ver melhor e fecha a porta.
Vai, em seguida, para o gabinete de trabalho e vai pensando quem seria aquele. Já lá estaria ou entrara e saíra à pressa?
No entanto não dava conta de faltar alguma coisa.
Logo se veria. E a figura não lhe parecia completamente estranha. Parecia-lhe alguém conhecido…
Daí a um bocado, lembrou-se quem lhe parecia ser.
Era um homem sempre amargurado e que assegurava ser vítima da má-vontade de toda a gente. Passava os dias melindrado e a seguir isolava-se.
Resolvido, para ela, o mistério, restava desejar-lhe que um dia confiasse na possibilidade de ser feliz.
Simplesmente isso. Ser feliz! Seguindo o seu caminho sem dar tanta importância aos outros ou ao seu passado sofrido.
Ser capaz de seguir em frente!
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