Paralelo Inacabado VI
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- E então?
- Então, estamos lá dentro!
- Explicação: é num museu… desses interactivos!
- Olha que não percebo bem. Por acaso o que sei é que a tal câmara está a filmar algo azul céu.
- Se calhar está apontada para lá, não?
- Pois não. Está dentro de um quarto (ou sala), sem visibilidade imediata para o céu. O que eu queria dizer é que é tudo azul – azul claro – pronto!
- Está bem. E depois?
- Depois, cada um de nós começa a ver cenas sucessivas – como um filme – da sua própria vida passada.
- Vão morrer. É isso?
- Ai, ai, ai…
- Desculpa, continua.
- E nalgumas cenas as pessoas perturbam-se e nós não podemos ajudar porque cada um só vê as suas “coisas”.
- Que tal dar carinho…
- Isso é evidente! Está uma onda de enorme carinho que nos envolve a todos e nos consola. Aliás, não temos palavras porque não sabemos do que se trata.
- Ora, sabes que às vezes as palavras são demais!
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Disse William Blake : Aquilo que hoje está provado não foi outrora mais que imaginado !
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