O caminho
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Vamos caminhando e tentando não tropeçar nos ganchos e outras coisas que ficaram na areia.
A areia, à luz do luar, está cinzenta. Provoca algum receio, não sei porquê.
Talvez pelo desamparo ou estranheza que se sente.
Do luar fica uma luz branca e redonda ali à frente, na areia mais além...
Já íamos nessa direcção porque é a única luminosidade que nos pode guiar.
A luz, ao passarmos por baixo dela, parece deitar pingos de chuva – mas são azuis… E vão… uhhmm… caindo sobre as nossas cabeças.
Levantando o olhar para o centro da luz, parece que somos aspirados por ela – como se nos elevassem da areia.
Parece que voamos, mas não. Afinal, continuamos na praia. Foi tudo ilusão…
Vamos seguir o nosso caminho até encontrar alguém ou algum sítio onde nos deixem telefonar para casa e dizer onde estamos – porque não sabemos como chegámos até aqui (vendo bem, nem sabemos onde é o aqui).
Um de nós volta agora da tal luz que nos faz “voar”.
- Afinal estamos perto de casa. É já ali a estrada que vai para lá.
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Disse Séneca : Não há ventos propícios para quem não sabe que porto almeja !
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