Rumores
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Dia de temporal ao fim da tarde. Uma tarde bem curta de Inverno.
Das copas das árvores, sempre frondosas, dezenas de pássaros chilreiam.
E são de várias espécies, desde pardais a pombos e melros.
Em voos rápidos e cada vez mais numerosos, parecem chamar-se uns aos outros para regressarem aos abrigos.
Este rumor de passarada dura mesmo até ao anoitecer.
A noite traz a impressão do temporal ir aumentando.
A manhã seguinte, em compensação, é clara com nuvens altas e brancas.
Vem aí um fim-de-semana e as tarefas típicas desses dias.
Para os mais folgados, são dias de descanso.
Para outros são de afazeres constantes para, em dois dias, fazer o que se necessita para os cinco seguintes.
Hoje há mais vontade, talvez pelo sol, pela luz ou pelo calor que alguns inventam haver.
De mangas arregaçadas fazem-se limpezas, embeleza-se tudo o que se pode em cores de Natal.
Bem… cores de Natal são todas, porque o Natal é nascer.
Ou renascer para a vida, para a esperança e paciência renovadas a cada ano.
Todos os dias são também de Natal em nós. Assim como todas as horas ou minutos.
Todos os instantes podem ser sagrados, no melhor de nós a transparecer em tudo que pensamos, dizemos ou fazemos.
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Retirado da net (sem indicação de autor)
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