O Viajante
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Parecem águas de cores variadas – do azul ao verde, do amarelo ao branco e do laranja ao roxo, ao lilás e ao rosa.
Não lhes encontro recipientes. Apenas estão assim, em forma de lagos redondos e pendurados no céu.
E ondulam e movem-se e fazem splash se algo atinge a sua superfície.
Vão mudando as cores. São cores em tons pastel (ou suaves).
- Pois não, não brilham. São transparentes e são lindas.
- Que fazem? Ou para que servem?
- Ah! Servem para passar por elas.
- Para quê? Parecem funcionar como reflexos sucessivos de pessoas. Parecem desdobrar o indivíduo e juntá-lo também.
- Sim, sim, no fim é como se fosse um tratamento. Melhor dizendo, um tratamento enquanto viaja.
- Quem?
- Ora, o viajante!
- Se volta? Pois volta, volta logo, assim que queira.
- Então é livre...
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O Sono
Salvador Dali
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