Dias de nevoeiro
Dias de nevoeiro.
Dias de pagamentos de dívidas que não se entendem, por vezes, e que enevoam também o nosso raciocínio e o nossos sentir.
Que fazer quando se fez tudo o que se sabia e as dívidas continuam a chegar e a levar o dinheiro, que não podem levar… porque já não há, nem há onde o ir buscar?
Que fazer quando o nevoeiro lá fora é tão mais pequeno que aquele que tolhe o coração?
Que fazer se nem há onde ir pedir porque estamos todos na mesma situação?
Não há quem queira comprar as coisas, não há como conservá-las e não há como pagar os impostos – os esperados anualmente e os novos, tão desconhecidos.
Que fazer quando já não se pode fazer nada?
Que fazer quando não há forças para fazer o nada?
Alguém fez um dia um poster a dizer que, nas crises, o melhor é ficar quieto à espera que a crise passe.
O que o poster não referia era o que fazer se ela se repete, e repete e repete.
Se nos encontramos frente a uma parede de desespero a erguer-se cada vez mais assustadora.
Ou quando já não há forças, quando só resta uma centelha de ânimo.
A esperança de que um dia será o dia do amanhã.
O amanhã em que já tudo isso passou… o amanhã da paz no coração.
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Kandinsky
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