Desculpas
Favores que se retribuem em jeito de agradecimento.
Tratamentos que se fazem em troca de problemas que se causaram.
Comidas, doces, prendas que se dão, em ofertas plenas de satisfação.
Sentir aqueles dias de dever cumprido.
Que se alguma falta houve no passado, a boa acção de hoje balança e traz boas relações no presente.
Mas, na maior parte das vezes, não é suficiente se a intenção for uma simples troca de favores.
É deixar agradecido quem um dia suportou agravos, atitudes rudes e, porque não dizê-lo, cruéis, nalguns casos.
Oferecendo, há retribuição como um modo de pedir desculpa sem pedir.
O que falta então?
Nessas situações, como noutras, falta o respeito pelo sofrimento do outro.
Falta a consideração pela sua dor, falta o amor generoso de querer, de preferir que seja mais feliz que nós mesmos.
E pedir, oh!, pedir desculpas é tão gratificante para quem pede, sentindo-as.
É um descanso tão grande.
Uma paz e tranquilidade que parece que nasceu um céu – um paraíso – dentro de nós.
Todos cometemos erros e só são completamente ultrapassados quando as vítimas desses erros, e a sua felicidade, nos importam mais que a nossa própria.
Nessa altura um abraço é suficiente.
É amizade, é sermos mais que nós.
É sermos o melhor daquele «nós» de que ainda desconhecemos a capacidade.
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