O outro
Pensamentos, concentração, imaginação e fantasia são estados mentais.
O estado real interage com o mental.
Quando o pensamento e acção se correspondem, o indivíduo está em unidade mental e real – em equilíbrio.
Muitas pessoas imaginam, pensam até saturar-se de cansaço mental.
O pensamento é selvagem se não for disciplinado pela vontade e controlado pelos valores morais.
As palavras e atitudes podem, ou não, corresponder-lhes.
Daí que encontremos “sonhadores” perfeitamente acordados a caminhar, trabalhar e a falar connosco, mas a pensar mil e uma coisas diferentes.
A prática de anos neste tipo de atitudes dá consistência a uma divisão da personalidade.
Daí à incapacidade de atenção e concentração é um passo, apenas uma etapa do processo.
Hoje o individualismo generalizado pelas possibilidades de trabalho e lazer que as tecnologias permitem, tornam as pessoas mais pensantes que actuantes.
Se não se observarem os princípios de coerência, os pensamentos desenvolvem um “outro” dentro do indivíduo.
Outro esse que diz e faz o que o sujeito real já não consegue enfrentar realmente.
O desinteresse e a omissão em determinados assuntos, sobretudo nos ideais por que o indivíduo deve pugnar, começam a ser os mais comuns.
A correcção moral não deve ficar só no plano mental.
A integridade relaciona precisamente o pensamento e a acção real – unifica as partes do ser na mesma conduta.
Então o indivíduo sente a paz.
.
.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home