O futuro
Na escuridão do céu brilham luzes por instantes.
Esses instantes permitem-nos continuar a vislumbrar o caminho.
Não estando perdidos, é bom confirmar a estrada sempre que possível.
Estradas alagadas, camiões que iluminam, por vezes em excesso, e encandeiam os carros mais baixos.
Olhitos brilhantes escapam-se rasteiros – são gatos vadios que vão trepando por onde podem, para não atravessar pela água que inunda a estrada.
A trovoada continua e os clarões, agora maiores, continuam a mostrar-nos o caminho. Há sítios em que nem se vêem as bermas.
Chegamos a uma vila, também mal iluminada.
Das janelas, a luz que transparece aparenta ser de velas ou semelhante.
Parece que as descrições do passado vêm até nós e quase achamos que as pessoas trazem lampiões nas mãos.
Mas não. Foi só durante a trovoada. No dia seguinte o sol brilhava.
Chegámos a pensar seriamente se tudo não fora sonho ou ilusão. Estradas secas, pessoas a passear, ou mais apressadas, enchiam as ruas.
Da tempestade nem uma palavra. Só falavam do lindo dia que estava.
Bem, a verdade é que o que passou – já passou!
E amanhã virá, por certo, outro dia a anunciar que o futuro é já ali!
Aliás, daqui para ali!
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Imagem retirada da net
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