Talvez um dia...
28 de julho de 2007
Parecem cortinas finíssimas de cores claras e sobrepostas.
E é por elas que se passa de uma divisão para o exterior, ainda em pedra, para chegar depois a uma espécie de largo ajardinado.
Tudo muito bonito, como nas revistas de decoração.
As ditas cortinas esvoaçam à porta de entrada.
Estão algumas pessoas por ali, em sossego e de ar calmo.
Outras passam como que atalhando caminho pelos seus afazeres.
Outros mais, chegam e vão sendo apresentados.
Pois é, parece que vai haver uma reunião.
Bem, não exactamente, é mais uma palestra, ou aula ou curso. Algo semelhante.
Sem sinal aparente, as pessoas começam a sentar-se viradas para uma zona de topo, que logo a seguir é ocupada por alguns outros – não consigo perceber bem, se três ou cinco.
E o orador principal começa a falar. O silêncio é total. No fim, é dada a possibilidade de esclarecimentos individuais.
Muitos aproveitam para comentar, outros para ouvir e aprender.
No final, todos saem com uma espécie de “rolo” de apontamentos e vão formando logo ali grupos – talvez de acordo com as suas tarefas.
De tudo, o que mais me assombrou foi a ordem e disciplina por um lado e, por outro, o ar calmo e interessado no aprender e nas tarefas destinadas.
- Parece que, de repente, estávamos noutro planeta, não era?
- Talvez um dia se viva assim, com disciplina e interesse pelo que se faz.
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