Sorrisos
27 de julho de 2007
Um arbusto, que se fosse bem podado poderia ser árvore em futuro próximo, mostra belíssimas flores carmim em cachos e quase um em cada ramo.
Ou seja, mostra uma profusão de flores e folhas.
É enorme e está a um canto do edifício. Reparámos nele porque não é usual essa cor carmim nas flores desse tipo de arbusto/árvore.
O arbusto e as flores serviram de conversa nesse passeio pelo jardim.
Acho que se falou de tudo o que se relacionava com o passeio, a família e o jardim.
As pausas eram sobre as plantas, as flores e até sobre a brisa que soprava no caramanchão.
Este é um local agradável e bastante fresco, com bancos e trepadeiras a fazer de parede.
As trepadeiras também são floridas mas sem o carmim.
Formou-se um pequeno grupo de pessoas e a conversa animou-se com todos a querer falar ao mesmo tempo.
Só um homem, já idoso, não falava. No entanto, após dias de muita tristeza, já se notava um ténue sorriso ao ouvir tanta conversa, alguma um tanto disparatada, tanta alegria de quem vive despreocupadamente.
Foi um sinal muito bom de que o instinto e a força vital ainda estavam activos.
Nós, que lhe queríamos bem, ficámos também agradados com os minutos do seu agrado.
É bom, é esperançoso sentir a solidariedade entre as pessoas.
Ajuda quem está no meio da tristeza a conseguir soerguer-se, mesmo que lentamente.
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