Morte de mãe
13 de julho de 2007
Está um dia lindo: céu limpo, sol a brilhar, árvores cheias de folhagem, arbustos bem floridos. Enfim, perfumes da natureza no ar.
Contudo parece que algo se desprendeu ou se perdeu de mim.
Perdeu - parece mais adequado, assim como Alguém em vez de algo.
Não sei explicar, mas… as cores estão lá, na paisagem, mas estão diferentes.
Tudo brilha mas de modo difuso ou velado.
Um velado suave e bonito.
Tudo está belo – sei que está – belo e colorido…
Mas o que eu vejo é a paisagem matizada em tudo.
Até as pessoas estão como que no “quadro” da paisagem.
- Deve ser um problema visual ou de cansaço. Vai ter que ir ao médico.
- Não, não… todos me dizem que há-de passar! E os dias vão passando… mas a dor não... A minha mãe morreu!
- Ah, então vai mesmo precisar de ir ao médico para ele lhe prescrever um calmante fraquinho ou qualquer coisa que a melhore.
- Não! Estas dores assim têm que ser tratadas com muito carinho até serem boas recordações. Recordação de algo que valeu a pena viver.
Isso eu sei!... Só não sei quanto tempo vai demorar.
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