Convidados
14 de abril de 2007
Uma escada pequena, de um lance só.
À esquerda um patamar largo, com sofás e mesa típicos de terraço, com um varandim para a rua.
Uma senhora, de cabelos muito brancos e agarrados em carrapito entrançado, agarra-se ao corrimão de ferro para descer essa escada.
Ao fundo está uma porta que dá para a rua.
Lá dentro, está uma mesa posta para o almoço de várias pessoas.
Mas ainda não chegou ninguém (eu não conto para esse almoço).
A velhinha chega com pão envolvido em panos muito finos.
Aliás, tudo está limpíssimo. Caem algumas gotas de água.
Numa cisterna com uma escada estreita de caracol, estão celas com grades e, no corredor, no meio delas, está um homem.
As celas estão cheias de palha molhada, no chão.
As grades estão trancadas. Está tudo muito escuro.
Afinal não! Vem uma luz muito fraca pelo que parece ser uma abertura no tecto.
A luz agora é mais nítida. Se calhar porque estou a olhar atentamente para lá.
Posso também estar a fazer uma distorção do que vejo.
Mas, se calhar, estou certa porque o homem sai apressado, e com desagrado dessa luz.
Agora está brilhante como um sol.
Uma espécie de avião circular aparece e leva alguns dos que estão nas celas. Parte a grande velocidade e desaparece num ponto do céu.
Muito longe dali, o avião desce no meio de um átrio em pedra.
A velhinha está a receber os convidados. O almoço vai começar.
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