Agora
16 de abril de 2007
Pessoas de mais idade e de meia idade sentadas em sofás, ao longo das paredes de uma sala.
Todos conversam animadamente, tanto a queixar-se das dores como comentando os doces que comeram na Páscoa.
São dias que correm lentos para eles, ao contrário dos dias demasiado rápidos do tempo em que trabalhavam, criavam os filhos, tratavam da casa, etc. No presente as horas são entre refeições, em estados de calma e relaxe.
Os dias passam com os comentários próprios das estações – sol de primavera, Abril das águas mil, temperaturas melhores ou piores…
As mãos já não dão para fazer trabalhos, ou porque tremem ou porque estão paralisadas.
Mas a conversa é boa e vai mantendo “a cabeça boazinha para a idade”.
Agora é hora de acabar a visita dos filhos. Paciência!
Estão eles na idade do corre-corre.
Eles, os que estão sentados nos sofás, estão mesmo muito cansados para isso. Nem têm saudades. Foram úteis à família que criaram.
Foram o melhor que podiam ser e ajudaram os filhos quando estes, por sua vez, saíram da casa dos pais para criar a sua própria família.
Foram úteis novamente ao ajudar a criar aqueles anjinhos, os seus netos bebés e crianças.
Também já estão crescidos…
Agora é altura de rever a vida e o modo como se comportaram.
O que ainda querem mudar em si próprios e no seu relacionamento com a família e todos os outros que os rodeiam.
Agora é altura final de validar a sua vida, ainda por opção lúcida da sua vontade.
É altura de sintonizar o divino que há em todos nós e vigiá-lo atentamente.
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