Pantufas e aconchego
27 de dezembro de 2006
Reumático, dores, articulações doridas.
Enfim, achaques da idade mas também do frio.
Todos com luvas, cachecóis e gorros, sobretudo com esta moda das cabeças mais ou menos rapadas.
O gorro desportista está na moda. Pois deve ser outro conforto, deve...
O vento passa entre uma brisa e um ventinho frio.
Os comentários sucedem-se. Lugares vazios, mas em se sentando um, sentam-se logo outros mais.
A sala vai enchendo de gente. As pessoas animam-se e começam a conversar com os do lado, mais ou até menos conhecidos.
Faz-se a publicidade para uma meia hora de patinagem no gelo, para quem queira.
Todos os gostos coexistem: os que querem experimentar, os que só querem ver, os que só podem ver porque não podem pagar.
O sol começa a baixar. A sua luz vai-se tornando cada vez mais amarela e dourada.
As árvores vão deixando uma sombra maior e só os seus topos de folhagem é que alcançam a luz que se esvai.
A noite chega e as pessoas partem para as suas casas.
O frio parece mais frio à noite e a casa é mais lar, no aconchego dos cheiros da comida, no quente das cozinhas.
Pantufas e mantas a aconchegar as pernas de uns, ou mantas nos ombros, para outros.
Mesmo debaixo do tecto apetece o "aninhar". As comidas ou bebidas, bem quentes.
O bom da civilização está aí, traduzido em conforto e aconchego.
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