Compreensão
14 de julho de 2006
Cores e mais cores. As cores do arco-íris e mais tonalidades.
Paletas de tons da mesma cor. De cada cor.
Impossível escolher a mais bonita.
No meio delas, dois olhos começam a surgir. Entre admirados e tristes.
Algo desamparados no tempo e, sobretudo, no lugar.
Tento explicar-lhes que o melhor era estarem no corpo a que pertencem.
Mas os olhos dizem que não. Não, por duas razões - não sabem onde está o seu corpo e não sabem porque estão ali.
De qualquer modo, ali está-se bem e é tudo cheio de cores em matizes que nunca aqueles olhos viram. E lá vão eles dar uma volta por ali.
Vou à procura do corpo, que isto está a ficar surrealista.
Ora bem, cá está ele. E, claro, meio aparvalhado à espera que os olhos voltem.
O problema é que eles não querem vir. Ou já não voltam.
Parece que entendeu. Sim, está a relaxar e vai dormir.
Voltamos então à procura dos olhos.
Meu Deus, que velocidade.
Bem, como sempre, o que é bom (ou bonito) apreende-se depressa.
Bem hajam no seu vôo.
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