A felicidade da saúde
10 de julho de 2006
Tubos, fios, aparelhos e ais. Muitos ais.
Sonolência, olhos mal abertos ou mal fechados (dependendo da vontade positiva ou não).
Letargia. Tanta que até se vai verificar se respira. Sim senhor, respira até arfar.
Os aparelhos marcam números, gráficos. Os tubos conduzem líquidos de frascos.
O do oxigénio borbulha sem parar.
Pelo corpo há ligações de agulhas, eléctrodos, pensos, placas e sei lá que mais.
Os ai-ais continuam. Mas ele dorme em pesada apatia.
Hora de comer e ele come. Quando se insiste em alguma pergunta, até responde.
Mas tem aspecto de estar longe. Muito longe dali.
Outros melhoram mais rapidamente.
Cá fora, muito sol. Muitas esplanadas com gente despreocupada da saúde.
E afinal ela é tudo o que temos para viver bem neste corpo.
O amor é o que temos para ser felizes.
Que fazer para entender estas dádivas e cultivá-las em nós e nos outros?
Se há valor no desejo, desejemos bem.
Desejemos valorizar a felicidade da saúde e poder amar.
Desejemos valorizar as coisas simples da vida.
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