Desdobramento
Tantas como as pétalas de uma flor, ela é uma que voa, outra que caminha, outra que estuda ávida de saber. Outra que fica preguiçosa no sofá, outra que viaja no espaço. Outra que conversa com desconhecidos, outra que é chamada e não sabe porquê nem vê utilidade nisso.
Enfim, ela desdobra-se em tantas iguais a ela como as tarefas que tem de desenvolver.
É uma rapidez, um instante (ou nem isso) entre uma coisa e outra, ou todas em simultâneo.
E lá consegue fazer tudo, a mais das vezes sem perceber bem como, e apenas percebe se os trabalhos estão ou não concluídos.
Às vezes é cansativo. Às vezes é maravilhoso.
É como viver várias vidas numa só. Num só dia uma semana, num momento o passado, o presente e as hipóteses futuras.
Será como um cavalgar nas nuvens. Será como um filme que vi, há muito tempo, sobre uma história interminável em que um miúdo cavalgava pelos céus, não com um cavalo, mas num dragão/cão.
- Voltando à azáfama e à necessidade de desdobrar-se para tratar de tudo a tempo… isso dava imenso jeito agora.
- Agora?
- Sim, não viste? Todas as lojas estão em saldos!
- Ahaam...
.
.
.
Fotograma de Never Ending Story
.
Disse Aristóteles: somos aquilo que fazemos repetidamente!
.
.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home