Sobrevivência
Tumulto de gentes em correria.
Casas que se afundam em águas que correm céleres no que, há poucos dias, eram estradas secas.
Carros, bicicletas, árvores, tudo derrubado ou partido.
Muitos morrem, muitos sobrevivem.
O desespero e a desolação grassam entre famílias e estranhos.
Bens, animais e demais haveres jazem nas águas.
E, com eles, o trabalho de anos e anos.
Lágrimas correm, as pessoas vão ficando desanimadas com a força da natureza.
Após uma semana, o sol volta em força e vai secando as terras.
Muito trabalho, oh! muito trabalho vai ser necessário para reconstruir.
Não vale o tempo de ficar parado e triste.
Não vale o tempo para pensar.
A esperança floresce e dá fôlego.
Os miúdos vão-se juntando e vão cantando as canções da escola.
Juntam-se nas encruzilhadas para trocarem o pouco que lhes resta por coisas de maior necessidade.
Os valores são agora mais reais, são de sobrevivência.
As vózinhas convidam a olhar só para o futuro.
A sonhar para dar alento e avançar.
Avançar sempre para melhor.
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Imagem retirada da net (sem indicação de autoria)
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