Amor e desapego
Pais e filhos, por vezes, nutrem sentimentos de grande amor e carinho que levam a excessos.
Nestes casos, os excessos costumam ser por quase devoção e certo aprisionamento das liberdades individuais.
Evidentemente que isto é comparável a excessos por amor como por ódio.
Por vezes esses sentimentos de amor – dos mais belos que existem – são laços tão fortes que nem pais nem filhos sentem grande liberdade em afastamentos para escolas ou trabalhos em cidades mais distantes.
Há uma certa necessidade de aprovação do outro pelos actos do primeiro, e toda a vida gira em torno deste eixo de querer agradar, e o estar perto é uma necessidade.
O desapego, também sem excesso, é uma atitude correcta e que deveria ser fomentada sobretudo se há boa saúde, pois nada deveria alterar a normalidade dessas vidas.
O desapego ajustado no relacionamento carinhoso permite a liberdade de movimentos, de vivências sem culpas e um modo mais correcto de viver.
O amor, se considerado excessivo no relacionamento familiar, poderia ser ampliado ao resto do mundo e transformar-se em qualidade e dádiva para os mais carenciados.
Mesmo que nunca se tenha pensado nisso, há muita gente que não faz ideia sequer do que é um amor fraterno, daquele que não quer nada em troca e para o qual a simples visão de um sorriso de bem-estar já é recompensa que basta e sobeja.
O amor já foi cantado, pintado, esculpido, mas o ideal era ser sentido e vivido por cada um, em todas as famílias – próprias ou adoptivas – pois ajuda a viver cada dia com uma nova luz de esperança.
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The Letter
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