Às vezes
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Às vezes fazemos coisas sem saber porquê ou sequer como foi.
Às vezes falamos palavras sem saber porquê; saem de rajada, assim sem mais.
Às vezes ouvimos e vemos pormenores que não nos dizem respeito e também não sabemos porquê os observamos e registamos.
Às vezes somos autómatos em nós mesmos, num desdobramento de nós.
As questões são muitas porque tanto fazemos coisas agradáveis que deixam outros felizes como, pelo contrário, ferimos e constrangemos outros sem querer.
Sem querer, porque nem os conhecemos ou não temos nada com isso, ou sem querer, porque magoamos e ofendemos (e até afastamos de nós) pessoas que nos são muito queridas.
No entanto, o tempo acaba por dar-nos a justificação.
Às vezes essa justificação agrada-nos, outras, nem por isso.
Muitas vezes as lágrimas, amargas e longas lágrimas, nos acompanham o resto do tempo da nossa vida.
Agora, a razão de tudo ser e acontecer – de tudo – essa está sempre aí, a reunião da nossa unidade.
Apenas demora nas lágrimas. Porque, na alegria, já encontrou a unidade de si.
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Disse Wilson Mizner : algumas das maiores histórias de amor que conheço tiveram um único protagonista !
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