O paciente
25 de julho de 2006
Gestos circulares. E circundantes entre duas pessoas.
Um é o curador e o outro o que está a ser curado.
Ou, dito de outro modo, um é o médico/enfermeiro e o outro é o doente/paciente.
Paciente na acepção de paciência porque é preciso muita, para uma vida inteira.
Após todos os exercícios de tratamento, o doente pôde reeerguer-se.
Assimilar de novo o ar no seu corpo ainda débil. Tenta movimentos, dantes tão usuais mas que presentemente lhe são impossíveis.
Demasiado amargurado não consegue impôr a sua vontade ao corpo.
A dor da desilusão é tal que cai de bruços.
Mesmo nessa posição rente ao chão, consegue reagir por si mesmo, sabendo que é da sua vontade que se alimenta a sua mente e, por ela, o seu corpo.
Respirando o melhor que consegue, levanta-se e se pode desejar algo é que ninguém sofra como ele está sofrendo.
Possa este sofrimento aliviar o de outros, semelhantes ao seu.
Possa ultrapassar-se a si próprio e, nas suas melhoras, restabelecer-se enfim.
Desejos que conseguem projectar pensamentos bemfazejos.
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