A missão
24 de julho de 2006
Como Vénus, de uma concha renasceu uma mulher, já de cabelos brancos e bastante doente.
Da concha pequenina onde estava o grão de areia formou-se uma pequena pérola e ficou lá.
A concha foi crescendo e quando abria para respirar e ver melhor as águas que a rodeavam, a pérolazinha saltitava no seu interior.
E a concha cresceu, cresceu. Cresceu tanto que o seu lugar no fundo das areias já não chegava.
E teve que subir à superfície. Aí os perigos levaram-na em fuga para uma enseada.
Era agora uma concha enorme e a pérola já não se mexia. Na orla da água e da areia já não podia mais e teve que abrir.
Ais de espanto por todo o lado.
Dos pássaros, das abelhas, dos peixes e dos outros animais.
Até as frutas e folhas das árvores estavam espantadas.
A pérola estava agora na mão de uma rapariga verde água que saía da concha.
A concha cumpriu a sua missão. A pérola iria agora conduzir a rapariga na sua.
Os deveres são para ser cumpridos.
É uma lei. Igual para todos.
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