Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-04-25

25 de abril de 2006

Estava ali um polícia. Ali em frente à fonte com repuxo.

Estava apático o homem.
E sentado, cabeça para trás e pernas encolhidas.
Sentia-se esquisito, meio atordoado.

Alguns com ele que não lhe davam sossego.
Pedi-lhe que observasse á água e pensasse em coisas boas, alegres.

Mas ele ia partir e não estava nada virado para qualquer optimismo.
Fiz um esforço e consegui, ao fim de algum tempo, a sua colaboração para uma certa calma e paciência.
Ele estava de cinzento escuro. Aos poucos alterou-se para o uso de cores terra - castanho, bege e areia.

No entanto continuava a preferir os tons sem brilho.
Para o alegrar - disse-lhe - podia puxar um pouco de lustro e dar brilho.
Já estava por tudo. Concordou e adoptou o azul médio.
Ficou bonito na farda. Deixei-lhe uma flor - um lírio.
Ficou com ar satisfeito mas muito cansado.

Cansado de tanta responsabilidade.
Mas quem sente as responsabilidades é um dos escolhidos para cumprir tarefas mais elevadas.

Só alguns são os escolhidos.
A água continua limpa e a correr.