21 de abril de 2006
Querida avó, sempre bonita. Sempre doente. Sempre amorosa.
Sempre dependente. Sempre com um sorriso.
Pele muito branca, cabelos branco areia, olhos d'água.
Muito frágil, protegida por milhares de conceitos.
Uma vida imensa.
Uma vida cheia de emoções.
Um coração cor de coral, muito vivo, sempre a palpitar de preocupação - até pelas coisas boas.
Mas por dentro o seu corpo está a deixar-se ir.
Todo o seu interior está a murchar.
Só o seu coração vive luminoso.
E de repente, do seu interior, vem ela mesma, cheia de luz rosa. Enorme.
De pé, a sair e querendo banhar-se numa luz maior.
Flores de todas as cores rodeiam-na.
E cresce. Cresce até ao céu.
E eu estou banhada... em lágrimas.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home