O merecimento da preguiça
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Ondas rasteiras na praia... flores na varanda, noites de Junho, noites quentes, etc. etc. - são frases, ou melhor, versos de uma canção que vai passando no mp3.
Antigamente dizia-se "que ia tocando na rádio". Épocas e gerações...
Nós, agora, estamos na praia com as ondas rasteiras, o resto é da canção.
As areias estão mornas e o tempo ameno, que se faz agora sentir, apela fortemente às férias.
Ou a estes fins-de-semana preguiçosos.
A preguiça, depois do trabalho, é descontracção necessária.
A preguiça sem trabalho é vício de ócio.
Entre os extremos fica a virtude - dizem.
Mas um tempo de preguiça depois de tempos de trabalho árduo têm um sentir e um valor que não se compara com a mesma preguiça sem essa gastura.
Talvez porque num caso é merecido e, no outro, nem sequer necessário.
- Ora, aí é que está a diferença: no merecimento!
Quando se atinge um bem - depois de tanto ser desejado - e de que finalmente se pode desfrutar, às vezes, até há um desabar de emoções antes de se conseguir sentir a alegria desse bem!
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