Não se pode voltar atrás
Acordado ou a dormir… eis uma boa questão.
Salas conhecidas, mobílias e varandas também.
Das pessoas ali habituais, nem sinal.
A sua preocupação era dizer agora o que se esquecera de falar no dia anterior.
Não estava ninguém e resolveu então ficar mais um pouco na sala vazia.
Os móveis estavam cheios de pequenos objectos de ornamento.
Credo! Tanto trabalho deveria dar manter aquilo tudo tão limpo.
Estava tudo a brilhar.
Lembrou-se em seguida da sua própria casa, também muito cheia daquele tipo de objectos – recordações de avós, viagens ou colecções que gostavam.
E lembrou também o seu estado – limpo mas sem aquele brilho.
Aliás, ali tudo luzia e parecia artificial.
Ah, era isso – estava mal acordado.
Aquele estado em que tudo é possível – até acordar e cair em si mesmo ou planar suavemente com a leveza do algodão.
Gostaria de ser melhor do que é, a cada vez, em cada ocasião.
Não se pode voltar atrás, por isso o que se pode fazer é pensar e reflectir no que fez e tentar instruir-se para da próxima oportunidade usar esta experiência de modo construtivo, para si e para os outros.
Felizmente há algo que está sempre com ele, ou nele.
Uma sensibilidade moral – o que diz ser a sua integridade em auto-análise.
Essa moral sopesa tudo – tudo o que faz.
E, graças a ela, sabe que mesmo contra todos – deve estar bem consigo.
Isso é que importa!
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Imagem retirada da net
(sem indicação de autor)
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